SINDICATOS e “SINDICALISTOS”

Entre livros, recortes de jornais, revistas e outros papéis o outro dia topei referencias do labor dalgúns mestres galegos, e em concreto, na provincia de Ourense. Topei tamem, no internet, listados de companheiros que derom a sua vida pola liberdade e a defensa do ensino nom sectario e laico e pola dignificaciom do docente, em tempos moi diferentes aos de hoje. Curiosamente moitas desas reivindicacións seguem a ser as mesmas que as de agora, ainda que os que as defendam tenham varias estrategias contrapostas. Uns ponhem as demandas como escusa para ter máis afiliados e outros dedicam as suas vidas ao servizo dos demáis, defendendo os intereses laboráveis dos docentes ante uma Administraciom moitas veces insensivel e excesivamente burocratizada. Quizáis por éstas e outras causas o profesorado está um pouco farto de promesas e em ocasións metem a todos na mesma “albarda de aproveitados”, ao resultar imposível saber, a priori, quem negocia racionalmente e quem se suma ás negociacións que ja estam feitas. Nestes anos pasados, acontecerom algumas cousas que nom estabam previstas, entre elas, a recuperaciom da memoria histórica, e nessa nossa historia está a asociaciom de trabalhadores do ensino de Ourense, (A.T.E.O.) da Uniom Geral de trabalhadores. Algúns pensam que foram bastante atrevidos ao empregar esas siglas na II República, pero outros afirmam que o seu compromiso cos profesores eram tam profundo que nom escatimabam em medios humans para loitar polos mestres maltratados por nom seguir ditames religiosos ou nom comulgar cuma linha doctrinal concreta. Por desgraza, na “guerra civil” deixam na sua sede os livros de afiliados e simpatizantes e algúns forom fusilados ou paseados. Outros que salvarom as suas vidas foi por ter algum familiar na Falange ou por conhecer algum falangista com poder de decisiom. O delito de pertencer á esquerda e defender aos trabalhadores do ensino costoulhes a vida a moitos deles. Éstes som os antergos do sindicalismo em Ourense e, coa mirada no futuro, as estrategias para á defensa do profesorado sigue a ser: “O nosso compromiso es tí”. Foi o seu compromiso no pasado e segue sendo na actualidade como colectivo reivindicativo e sindical. Por iso o sindicato maioritario do ensino em Galiza é forte nas negociacións nas diferentes mesas sectoriais que convoca a Administraciom, e mesmo têm uma presenza especial na Comissiom Permanente do Conselho Escolar de Galiza.
Por outra parte nom podemos esquecer as áreas da sociedade que actualmente estam a sufrir máis directamente a grave situaciom económica. A actuaciom sindical nas empresas é a única medida de presiom efectiva ante o abuso de demasiados EREs (expedientes de regulaciom de emprego) innecesarios. Os márgenes de ganhanza empresarial som exponencialmente injustos cando se sostenhem em principios de minimizar costes despedindo aos trabalhadores e forzandoos á tragedia do paro sem motivo. Quizáis sexa o momento para que os sindicatos recuperem a falta de credibilidade que arrastram desde hai algúns anos, trabalhando por aqueles que querem trabalhar e nom os deixam. A maior parte da sociedade pensa que a laboura sindical está em nomear piquetes informativos em folgas e máis folgas, ou que liberado sindical é o nugalham espabilado (“sindicalisto”) que nunca está cando é preciso. É posibel que esta fama algúns a ganhasem e a sigam ganhando com méritos, porem hai moitos máis que dedican o seu tempo e esforzos polos trabalhadores que convivem num entorno de injustizas laborais. Moito trabalho sindical estase fazendo no silenzo, por iso, os que temos a oportunidade de expresalo, ainda que nunca o digamos coa forza que têm um titular nos medios de comunicaciom, chegará a todos aqueles que nom tenhem nem ideia de cómo reivindicar os seus dereitos numa situaciom de indefensiom e impotenza. Cando tenhamos um equilibrio em dereitos e deveres, em justiza e igualdade e em convivencia e liberdade, ja nom precisaremos dos sindicatos. Penso que ese tempo vai tardar em chegar, se chega..., por iso é preciso que fagamos reflexionar a cada Federaciom de cada sindicato, para que se fosse preciso, renove a sua identidade e afiance os seus obxectivos numa volta aos orígenes da acciom sindical que brotaba dos corazóns. Nom é moito pedir que na actual dinámica democrática cada colectivo faga a sua funciom com rigor e independencia. Para aos que ja o fam: vaiam os meus parabens.

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